Quase todos os núcleos domésticos conhecem de sobra o ponto nevrálgico da vida familiar.
Muita vez, quando o instituto consanguíneo se revela inatacável em sua dignidade, ei-lo que surge, estendendo incompreensão e pesar, discórdia e desespero.
Aqui, é um filho do ambiente enobrecido pela cultura espiritual, entregando-se a comportamento infeliz para infortúnio dos seus;
ali, é a jovem rebelde criando problemas com que ateia no lar as labaredas da inquietação;
acolá, é o parente que a expiação assinala com o estigma de moléstias difíceis, no círculo de irmãos robustos
e, mais além, é o pai repentinamente esquecido dos deveres que lhe marcam a vida, atraindo em desfavor dos rebentos preocupados, incessantes flagelações.
A ciência materialista descobriu a palavra “atavismo” para acobertar o problema sem abordar-lhe a liquidação, mas sabemos, ante os princípios reencarnacionistas, que nesses corações infelizes e atormentados, encontramos na Terra os instrumentos de nossa regeneração clara e simples.
Pelo berço que a vida entretece, junto de nós recolheremos não apenas as doces afeições de que a nossa esperança se nutre, a caminho das Esferas superiores, mas também os desafetos profundos que deixamos na retaguarda por algemas de ódio que é preciso converter em laços de paz e amor.
Aprendamos a receber no ponto difícil da comunidade familiar a provação que se nos faz necessária ao próprio burilamento.
E, amparando aos companheiros que caem, auxiliando aos que a irresponsabilidade ensandece e, protegendo aqueles que a enfermidade domina, estaremos colaborando em favor de nós mesmos, no justo resgate de que não prescindimos, na própria libertação.