alvorada do reino

Preito de gratidão



Vivaldo da Cunha Borges.

Querido companheiro, os Editores externam o seu agradecimento por todos os anos de profícuo trabalho na coordenação das mensagens psicografadas pelo querido médium Francisco Cândido Xavier, planificadas com amor e carinho, mostradas a muitas almas a Alvorada do Reino.


OS EDITORES




Alvorada do Reino



Disse-nos Jesus: “O Reino de Deus está dentro de vós.” (Lc 17:21)

Que interpretação devemos dar à semelhante afirmativa? Se o Reino de Deus está dentro de nós, por que as práticas religiosas para encontrá-Lo? perguntam-nos muitos amigos.

As práticas religiosas respeitáveis são sempre valioso trabalho para que venhamos a desentranhá-lo das sombras que conhecemos sob os nomes de “vaidade”, “orgulho”, “crueldade”, “ódio”, “indiferença”, “egoísmo”, “indisciplina”, e “inconformação” — sombras que nos envolvem o sentimento, ao modo do cascalho que encerra o diamante.

Comparemos os prenúncios do Reino de Deus em nós com a alvorada de cada dia.

O sol que nos sustenta não aparece de jato no firmamento. Na escuridão das primeiras fases da madrugada começam a surgir aberturas róseas de luz, aqui e ali, quando não estejam sob o peso de nuvens que lhes ocultam temporariamente a beleza.

O processo de liquidação das trevas é sutil e vagaroso.

Os núcleos luminosos, somente a pouco e pouco, aumentam em brilho e número, até que as sombras, necessariamente extintas, abandonem os Céus, para que o sol resplandeça e alimente todas as vidas que evoluem na Terra.

Assim também nós, sob a carapaça das imperfeições e defeitos, adquiridos em múltiplas estâncias de trabalho e experiência, com o esforço de autoaperfeiçoamento que as revelações religiosas nos oferecem, vamos criando forças de libertação com as quais surgem os primeiros clarões de vida nova, em meio das sombras que ainda se nos adensam no campo íntimo, em forma de faltas e desacertos porque, atravessando dificuldades numerosas, vamos, assim, multiplicando os valores espirituais em nós mesmos, rejubilando-nos com os pontos de luz interna que vamos adquirindo, até que os nossos nevoeiros se desfaçam e possamos usufruir as irradiações do Reino de Deus, em nós próprios, identificando-nos com a Imortalidade em plena luz.



Uberaba, 15 de março de 1988.