A fé em Deus não te arredará das provas inevitáveis, mas te investirá na força devida para suportá-las;
não te afastará os obstáculos do caminho, entretanto, doar-te-á a significação de cada um deles, para que recebas, em silêncio, a mensagem de que são portadores;
não impedirá o afastamento dos companheiros a que mais te afeiçoas, nos encargos que te marcam a vida, todavia, conceder-te-á energias e recursos para substituí-los, até que surjam outros cooperadores decididos a apoiar-te;
não te livrará da enfermidade de que ainda precises, no entanto, iluminar-te-á o entendimento para que lhe assimiles o recado salutar;
não te retirará dos desenganos e decepções que o mundo te propicie, mas auxiliar-te-á a extrair deles mais luz ao próprio discernimento;
não te desligará do parente difícil, porém, ajudar-te-á a aceitá-lo e compreendê-lo em teu próprio benefício;
não te proibirá as quedas prováveis nas trilhas da existência, no entanto, ensinar-te-á, através da própria dor, onde se encontram as situações que te cabe evitar, em auxílio a ti mesmo;
não te demitirá dos problemas que, porventura, te ameacem a paz, contudo, dar-te-á serenidade para resolve-los com segurança;
não te buscará nos labirintos de ilusão, nos quais talvez hajas penetrado, impensadamente, entretanto, clarear-te-á o raciocínio para te libertares;
a fé em Deus, por fim, não te mudará os quadros exteriores de luta, mas infundir-te-á paciência a fim de que compreendas em todos eles os degraus de elevação, de que necessitas, para escalar os cimos da vida imperecível.