Isso é perfeitamente compreensível até a ocasião em que somos felicitados pelo conhecimento espírita; depois do conhecimento espírita, entretanto, qualquer alegação dessa natureza denota algo errado em nós, reclamando a retificação necessária.
Frequentemente, na Terra, declaramos sofrer:
assédio de tentações; cansaço da vida; impaciência contínua; desânimo sistemático; acessos de cólera; crises de tédio; ingratidão de amigos; tristeza constante; inaptidão ao serviço; isolamento doméstico; ostracismo social; desolação interior; incerteza de rumo. |
Um professor interpreta a lição para que o aluno se liberte da ignorância.
Um médico interpreta as informações de laboratório para restabelecer o doente.
Assim também, a Doutrina Espírita interpreta o Evangelho de Jesus, através de Allan Kardec, para que venhamos a entrar na vivência da Religião do Cristo, que é a Religião do Universo.
Para todos nós, os espíritas desencarnados, que não tivemos a felicidade de renascer em berço espírita, com a noção mais ampla de nossas responsabilidades e obrigações adquiridas mais cedo, a reencarnação na Terra se divide em dois quadros distintos para julgamento diverso: o que éramos e fazíamos, antes do conhecimento espírita, e o que passamos a ser e fazer depois dele.