Tua prosperidade não transparece unicamente da face material do teu dinheiro, das tuas posses, da tua casa, dos teus bens.
Ela se compõe das experiências que ajuntaste, de alma transida, ante as incompreensões que te cercaram as horas.
Forma-se dos conhecimentos nobilitantes que amealhaste pelo estudo perseverante com que te habilitas ao privilégio de minorar a fadiga e o sofrimento dos irmãos que te acompanham à retaguarda, sem luz que os norteie…
Ergue-se das palavras temperadas de prudência e de amor que as provações atravessadas com paciência te acumularam no escrínio da alma, transfigurando-te em socorro aos caídos…
Eleva-se dos gestos de compaixão, que amontoaste à custa das disciplinas a que te submeteste em favor dos que amas, pelas quais adquiriste o tato capaz de arredar a discórdia no nascedouro…
Avoluma-se nas migalhas de tempo, que sabes extrair das obrigações retamente cumpridas, para que te não falte a oportunidade de trabalhar no amparo aos menos felizes…
Tua prosperidade brilha nos exemplos de fraternidade com que dignificas a vida, nas demonstrações de altruísmo com que suprimes a crueldade, nos testemunhos de fé renovadora com que levantas os tíbios ou nos atos de humildade com que desarmas a delinquência.
Reparte com o próximo os valores que transportas no Espírito.
Aquele que verdadeiramente serve, distribui sem nunca empobrecer-se.
Quem mais deu e quem mais dá sobre a Terra é Jesus-Cristo, cuja riqueza verte, infinita, dos tesouros do coração.
Essa mensagem foi publicada originalmente em 1965 pela FEB e é a 13ª do livro “”