Diante do serviço do bem, não afirmes “não posso” e não digas “nada sei”.
Lembra-te de que no curso dos dias, a se repetirem no tempo, cada hora pode trazer-nos sempre nova lição.
E há tarefas, na experiência, cuja solução depende unicamente de ti.
Nem dos mestres de teu caminho…
Nem dos amados de tua alma…
Nem dos conselheiros de tua fé…
Nem dos heróis de teu culto…
Nem dos benfeitores desencarnados…
Nem dos amigos que te rodeiam…
Unicamente de ti mesmo…
A sós contigo e ao lado dos credores e devedores de tua marcha…
É o chamamento imperioso da renúncia no lar,
é o dever no campo profissional em que os pequenos sacrifícios gravam a ficha de tua honra,
é o necessitado a rentear contigo na via pública, suplicando-te amparo,
é o amigo a quem podes pessoalmente desculpar, sempre que haja uma falta a ser esquecida,
é a criança que te pede um minuto de apoio,
é o espírito em sombra, a rogar-te leve gota de luz, através da palavra tolerante e afetuosa…
Não olvides, assim, que, se há programa de caridade a luzir para todos, há um apelo da Lei de Deus a ti somente, para que exercites a sublime virtude com tua esposa ou com teu esposo, com teu filho e com teu amigo, com teu desafeto ou com teu devedor…
E atendendo, em silêncio, ao convite celeste, a que se faça o bem que o mundo em torno espera agora unicamente de ti, acordarás, mais tarde, na Beneficência Divina, de coração convertido em astro de entendimento, a brilhar para a vida em sereno esplendor.