O espírita é alguém que assegura a si mesmo ser efetivamente:
tão confiante nas Leis Divinas que jamais se confia à desesperação, por mais agudo lhe seja o sofrimento;
tão otimista que nunca perde a coragem, nos embaraços de que se vê defrontado, aguardando o melhor e fazendo o melhor que pode nas atividades do dia a dia;
tão diligente que jamais abandona o trabalho, ainda mesmo quando lucros ou perdas o induzam a isso;
tão compreensivo que facilmente descobre os meios de justificar as faltas do próximo;
tão firme nos ideais edificantes que, em circunstância alguma, surpreende motivos para cair em desânimo;
tão sereno que não se afasta da paciência, sejam quais forem os sucessos desagradáveis;
tão conhecedor das próprias fraquezas que não encontra oportunidade ou inclinação para registar as fraquezas dos outros;
tão estudioso que não perde o mínimo ensejo para a aquisição de novos conhecimentos;
tão realista que não alimenta qualquer ilusão a seu próprio respeito, aceitando-se hoje imperfeito ou desajustado, como talvez seja, mas sempre envidando esforço máximo para ser amanhã como deve ser;
tão entusiasmado ante a Criação e a Vida Eterna que jamais permite venham dificuldades ou provações solapar-lhe a alegria de viver ou obscurecer-lhe o dom de servir.
O espírita, enfim, é alguém ciente de que Deus está ao lado de todos, mas procura firmar-se, sentir, pensar e agir, incessantemente, ao lado de Deus.