Alegas, por vezes, a impossibilidade de colaborar nas tarefas espíritas, escusando-te à face das dificuldades e senões que ainda carregas.
Entretanto, convenhamos:
se não tens imperfeições a vencer, entre tantos milhões de criaturas humanas ainda imperfeitas;
se não conheceste e nem conheces, intimamente, conflito algum;
se não possuis problemas a resolver;
se não experimentas tentações;
se não atravessas, de quando a quando, amarguras e desenganos;
se não colhes decepções;
se não faceias graves provas;
se não trazes o sinal dessa ou daquela fraqueza, da qual te encontras presentemente na Terra, em processo de cura;
se não observas contigo possíveis tendências menos felizes — aquelas que nos assinalam as dívidas de existências passadas — lutando e às vezes até chorando por melhorar a ti mesmo. Que será de ti na construção do Bem?
Referimo-nos a isso, porque o espírita é chamado a fazer luz, em favor de si mesmo e a benefício dos outros, na seara da educação.
E se nada sofres para aprender, como poderás esclarecer e compreender, ajudar ou ensinar?