Muitos companheiros na Terra se declaram indignos de trabalhar na Seara do Bem, alegando que não merecem a confiança do Senhor, quando a lógica patenteia outra coisa.
Se o Senhor não te observasse o devotamento afetivo, não te entregaria a formação da família, em cuja intimidade, criaturas diversas te aguardam carinho e cooperação;
se não te apreciasse o espírito de responsabilidade, não te permitiria desenvolver tarefas de inteligência, através das quais influencias grande número de pessoas;
se não acreditasse em tua nobreza de sentimentos, não te induziria a sublimar princípios e atitudes, na realização das boas obras, com as quais aprendes a estender-lhe, no mundo, o reino de amor;
se não te reconhecesse o senso de escolha, não te levaria a examinar teorias do bem e do mal, para que abraces livremente o próprio caminho;
se não te aceitasse o discernimento, não te facultaria a obtenção desse ou daquele título de competência, com o qual consegues aliviar, melhorar, instruir ou elevar a vida dos semelhantes.
Se o Senhor não confiasse em ti, não te emprestaria o filho que educas, a afeição que abençoas, o solo que cultivas, a moeda que dás.
“Não cai uma folha de árvore sem que o Pai o queira”, ensinou-nos Jesus. (?) Toda possibilidade da criatura, na edificação do bem, é concessão do Criador.
O crédito vem do Pai Supremo, a aplicação com as responsabilidades consequentes, diz respeito a nós.
Sempre que te refiras aos problemas da fé, não te fixes tão somente na fé que depositas em Deus. Recorda que Deus, igualmente, confia em ti.