CHICO — Hebe, muitas vezes nós falamos em fim do mundo, mas a verdade é que se houver um fim do mundo, esse fim do mundo se debitará à ambição e ao ódio entre os homens, mas não a uma ordem divina.
Vejamos bem a questão dos armamentos.
Os armamentos são cada vez mais especializados para veicular a morte de milhões de pessoas. Então, o homem não tem o que indagar sobre o fim do mundo, porque qualquer transformação mais trágica do mundo virá do homem e não da bondade de Deus.
Agora, sobre os nossos tempos, nós vamos pensar num problema que deve ser examinado.
Nós estamos no término de um milênio, o segundo milênio da vida cristã. Este segundo milênio foi caracterizado por guerras quase que constantes, sendo que a primeira durou 195 anos em que os homens se exterminaram uns aos outros, criando dificuldades cármicas muito grandes para a Humanidade. Foram as guerras das cruzadas.
Elas persistiram pelo espaço de quase 200 anos, de 1098 a 1229, de mais ou menos por aí, de modo que começou a guerra entre os cristãos e os não cristãos.
E as lutas foram terríveis.
De acordo com as possibilidades bélicas daquele tempo, no princípio do milênio, elas foram tão cruéis quanto as de agora em que a inteligência humana refinou o processo de extermínio.
De modo que tivemos guerras numerosas, entre as quais, vamos destacar, uma que durou cem anos, entre a França e a Inglaterra, no século XIV e no século XV.
Essas guerras não foram brincadeira.
As criaturas humanas adquiriram fichas cármicas muito dolorosas, porque tudo aquilo que nós semeamos, nós devemos colher.
Então, no fim deste século, nós estamos colhendo o que nós temos semeado, quase que desde o seu princípio.
Tivemos, agora, ao que nos parece, se é verdade o que a Imprensa veiculou sobre o encontro de Genebra, os maiores estadistas, os chefes das superpotências, eles combinaram que não se deve endossar nem praticar a guerra nuclear, porque nessa guerra nuclear não haverá vencedores.
Isto já é o princípio de uma bênção de Nosso Senhor Jesus-Cristo para sossegar a fúria do ódio entre as Nações e atenuar os sofrimentos criados pelos próprios homens sobre as suas próprias cabeças.
CHICO — Tudo indica que se não trabalharmos coletivamente com todos os meios ao nosso alcance para que isto seja evitado, de fato uma nova calamidade pode ocorrer sobre nós.
Agora, vamos fazer a força possível para que isto não aconteça ou que aconteça pelo mínimo, se é que nós não podemos estar livres de débitos tão grandes.
De modo que se nós pudéssemos incentivar o princípio de paz em todos os lugares, em todos os corações, se nós conseguíssemos levar a mensagem de Nosso Senhor
Jesus Cristo sem reparação, sem dogmas, sem qualquer ideia de hegemonia de interpretação de um ponto de vista religioso sobre outro, se nós pudéssemos levar para frente aquela bandeira que ele nos deu, declarando positivamente: (Jo
Ele não esperou por nosso amor e nem espera nosso amor. Ele nos ama e, por isto, não nos abandona.
Depois de toda a tragédia do calvário, quando Ele volta ao convívio dos seus próprios companheiros, Ele diz: (Mt
Ele não se queixa, não se lamenta. Ele não acusa ninguém.
Não há notícia no Evangelho de que Jesus tenha voltado do Reino Espiritual, onde Ele é a luz refletindo o próprio Deus; não consta no Evangelho que ele tenha vindo reclamar contra Pedro ou contra Tiago (esperando que me desculpem esta intimidade, porque devemos dar os títulos merecidos às personalidades do Evangelho), Ele não recriminou companheiro algum pela deserção. Ele apenas disse: “Estarei convosco até o fim dos séculos”. (Mt
CHICO — Ah, eu represento aquilo que um pé de grama representa, numa cancha de futebol. Um pé de grama desaparece, outro aparece, se entrar um animal naturalmente vai consumir aquela grama.
Há pouco tempo, uma senhora de Goiânia me trouxe um livro e me disse: eu vou pedir a você para verificar, porque este autógrafo está adulterado — está assinado “Cisco Xavier”. Então eu disse a ela: — Não senhora, fui eu mesmo que assinei assim, porque eu me sinto como um cisco ou, então, como uma lata de cisco. Eu assinei Cisco Xavier, achei que era mais próprio.
Recente encontro entre os estadistas das duas superpotências.