“Na verdade é já realmente uma falta entre vós terdes demandas uns contra os outros. Por que não sofreis, antes, a injustiça? por que não sofreis, antes, o dano?” — PAULO (1co
Nem sempre as demandas permanecem nos tribunais judiciários, no terreno escandaloso dos processos públicos.
Expressam-se em muito maior escala no centro dos lares e das instituições. Aí se movimentam, através do desregramento mental e da conversação em surdina, no lodo invisível do ódio que asfixia corações e anula energias. Se vivem, contudo, é porque componentes da família ou da associação as alimentam com o óleo da animosidade recalcada.
Aprendizes inúmeros se tornam vítimas de semelhantes perturbações, por se acastelarem nos falsos princípios regenerativos.
De modo geral, grande parte prefere a atitude agressiva, de espada às mãos, esgrimindo com calor na ilusória suposição de operar o conserto do próximo.
Prontos a protestar, a acusar e criticar nos grandes ruídos, costumam esclarecer que servem à verdade. Por que motivo, porém, não exemplificam a própria fé, suportando a injustiça e o dano heroicamente, no silêncio da alma fiel, antes da opção por qualquer revide?
Quantos lares seriam felizes, quantas instituições se converteriam em mananciais permanentes de luz, se os crentes do Evangelho aprendessem a calar para falar, a seu tempo, com proveito?
Não nos referimos aqui aos homens vulgares e, sim, aos discípulos de Jesus.
Quanto lucrará o mundo, quando o seguidor do Cristo se sentir venturoso em ser mero instrumento do bem nas Divinas Mãos, esquecendo o velho propósito de ser orientador arbitrário do Serviço Celeste?