Médiuns, mediunidades.
Médiuns todos o somos, e mediunidades possuímo-las todos nós.
Aprimorá-las ou descurá-las, relegando-as a plano secundário, é responsabilidade que cada um exerce mediante o próprio arbítrio.
A argila maleável nas mãos do oleiro é a médium do vaso.
O ferro em ignição na bigorna e malho do operário é médium da forma que plasma.
Deixando-se conduzir pelas mãos do Operário Divino, o homem modela e executa as construções mentais superiores, tornando-se cooperador na Obra de Nosso Pai.
Recalcitrando à inspiração elevada, deixa-se, maleável, arrastar por outras ondas de pensamento, colaborando, às vezes inconscientemente, na formação das paisagens de dor, de sombra e de desdita para os outros como para si mesmo.
A verdade é que todos estamos interligados, em ministério mediúnico ativo, incessante, graças aos múltiplos dons de que nos achamos investidos.
Vinculados espírito-a-espírito pelo impositivo da evolução, desde que constituímos famílias que formam a grande família universal, sintonizamo-nos reciprocamente pelas afinidades e aptidões, ideais e desejos em conúbio imenso de que somente o amor consegue os objetivos elevados, libertadores.
Assim sendo, medita nas possibilidades mediúnicas de que te encontras possuído e eleva-te pelo exercício das ações nobilitantes, de modo a desdobrares os recursos positivos na realização do bem a que o Senhor a todos nos convoca.
Certamente uns estão melhormente aquinhoados pelas faculdades mediúnicas que lhes são concedidas para a própria edificação à luz consoladora da Doutrina Espírita que é a única diretriz segura com Jesus para o ministério abençoado de iluminação na Terra.
Se, todavia, não experimentares os sintomas mais evidentes da mediunidade, transforma-te espontaneamente em instrumento do amor e acende a lâmpada do auxílio fraterno no coração, a fim de que a caridade te transforme em médium da esperança entre os que aspiram a um Mundo renovado e ditoso para o futuro, desde hoje.