“Amados, peço-vos, como a peregrinos e forasteiros.” — (1Pe
É digna de nota a atitude de Pedro, em se dirigindo às comunidades do Cristianismo de todas as épocas.
O apóstolo sabia que sua carta seria lida, muitas vezes, por imperadores, príncipes, juízes, generais, soldados e doutores, no curso dos tempos, entretanto, não se animou a apelar aos discípulos numerosos, catalogando as especificações de seus títulos terrestres.
Simão considerou mais acertado dirigir-se a todos, mordomos e operários, convocando-os como peregrinos e forasteiros.
Semelhante resolução iluminou a sua epístola, conferindo-lhe claridades novas.
A Terra poderá criar numerosas designações para organizar as suas zonas de trabalho ou destacar o esforço de seus filhos, mas cada discípulo não poderá esquecer o direito e a magnanimidade de Deus.
Todo título terrestre é uma experiência transitória.
Somente os raros homens que sabem honrá-lo, como patrimônio emprestado pelo Pai, conseguem imprimi-lo no livro de sua vida eterna.
Semelhantes Espíritos, porém, são escassos na face do mundo.
A maioria dos que recebem a dádiva não faz mais que conspurcá-la com o egoísmo e desenfreada ambição.
Eis porque, reconhecendo que todas as criaturas humanas permanecem em trânsito, Pedro as reúne na designação de forasteiros e peregrinos.