Luz e Vida

Capítulo VI

Quando a compreensão estiver conosco



Quando a compreensão estiver em nossos olhos, fixaremos na cicatriz do próximo a dificuldade respeitável de nosso irmão.

Quando a compreensão morar em nossos ouvidos, receberemos a injúria e a maldade nelas sentindo o incêndio e o infortúnio que ainda lavram no espírito daqueles que nos observam, sem [o] exato conhecimento [de nossas intenções].

Quando a compreensão se nos aninhar no próprio verbo, o falso julgamento surgirá, junto de nós, por enfermidade lamentável de quem nos procura, [veiculando-lhe o veneno,] e saberemos fazer o silêncio bendito com que se possa, tanto quanto possível, impedir a extensão do mal.

Quando a compreensão se nos associar ao [nosso] raciocínio, identificaremos nos pensamentos infelizes a deplorável visitação da sombra, diante da qual acenderemos a luz da fé para a justa resistência.

Quando a compreensão clarear-nos o sentimento, a rigidez espiritual jamais encontrará guarida em nós outros, porque o calor da benevolência irradiar-se-nos-á do espírito [em todas as direções], estimulando a alegria dos bons e reduzindo a infelicidade dos companheiros que ainda se confiam à ignorância.

Quando a compreensão brilhar em nossas mãos, a preguiça não nos congelará a boa vontade e aproveitaremos as mínimas oportunidades do caminho para as tarefas do amor que o Mestre nos legou.


Bem-aventurados os limpos de coração”, (Mt 5:8) proclamou o divino Amigo.

Sim, bem-aventurados os que esposam o Bem para sempre, porque semelhantes trabalhadores da luz sabem converter a treva em claridade, os espinhos em flores, as pedras em pães e a própria derrota em vitória, criando invariavelmente o Céu onde se encontram e apagando os variados infernos que a ignorância inflama na Terra para tormento da vida.




O título entre parênteses é o mesmo da mensagem original e seu conteúdo, diferindo nas palavras marcadas e [entre colchetes], foi psicografado em 28/07/1952 e publicado em 2007 pela editora VL e é a 385ª lição do livro “”.