Não acuse o irmão que parece mais abastado.
Talvez seja simples escravo de compromissos.
Não condene o companheiro guindado à autoridade.
É provável seja ele mero devedor da multidão.
Não inveje aquele que administra, enquanto você obedece.
Muitas vezes, é um torturado.
Não menospreze o colega conduzido a maior destaque.
A responsabilidade que lhe pesa nos ombros pode ser um tormento incessante.
Não censure a mulher que se apresenta suntuosamente.
O luxo, provavelmente, lhe constitui amarga provação.
Não critique as pessoas gentis que parecem insinceras, à primeira vista.
Possivelmente, estarão evitando enormes crimes ou grandes desânimos.
Não se agaste com o amigo mal humorado.
Você não lhe conhece todas as dificuldades íntimas.
Não se aborreça com a pessoa de conversação ainda fútil.
Você também era assim quando lhe faltava experiência.
Não murmure contra os jovens menos responsáveis.
Ajude-os, quanto estiver ao seu alcance, recordando que você já foi leviano para muita gente.
Não seja intolerante em situação alguma.
O relógio bate, incessante, e você será surpreendido por inúmeros problemas difíceis em seu caminho e no caminho daqueles que você ama.