A reunião da noite de 9 de junho de 1955 revestiu-se para nós de grande significação.
É que os Benfeitores Espirituais designaram-na como sendo a última para a recepção das mensagens consoladoras e educativas que enfeixam este livro.
Havia, portanto, grande expectativa em nossa pequena assembleia de companheiros encarnados.
Nossas tarefas habituais transcorreram ativas. Grande número de entidades sofredoras, compelindo-nos à interferência em casos tristes e dolorosos.
No encerramento, foi Emmanuel, o nosso amigo de sempre, quem veio até nós, através da palavra direta.
Colocou o médium de pé e, com a expressão que lhe é própria, elevou a Jesus vibrante prece.
Estávamos todos imensamente comovidos.
Chegávamos ao término de sessenta e cinco noites de abençoada atividade espiritual e, com as palavras do querido orientador, o nosso primeiro livro de instruções psicofônicas estava sendo concluído…
Transcrevendo aqui a oração do nosso mentor infatigável, rogamos ao Divino Mestre a felicidade de continuar em nossa tarefa para diante. E, porque nos falta o justo vocabulário para expressar a nossa profunda gratidão aos instrutores e amigos espirituais que nos visitaram, através destas páginas, finalizando as presentes anotações oferecemos a eles os nossos corações reconhecidos.
Senhor Jesus!
Agradecendo-te o amparo de todos os dias, eis-nos aqui, de espírito, ainda em súplica, no campo em que nos situaste.
Ensina-nos a procurar na vida eterna a beleza e o ensinamento da temporária vida humana!
Apesar de amadurecidos para o conhecimento, muitas vezes somos crianças pelo coração. Ágeis no raciocínio, somos tardios no sentimento.
Em muitas ocasiões, dirigimo-nos à tua infinita Bondade, sem saber o que desejamos. Não nos deixes, assim, em nossas próprias fraquezas!
Nos dias de sombra, sê nossa luz! Nas horas de incerteza, sê nosso apoio e segurança!
Mestre Divino! Guia-nos o passo na senda reta.
Dá-nos consciência da responsabilidade com que nos enriqueces o destino.
Auxilia-nos para que o suor do trabalho nos alimente o lume da fé.
Não admitas que o verme do desalento nos corroa o ideal e ajuda-nos para que a ventania da perturbação não nos inutilize a sementeira.
Educa-nos para que possamos converter os detritos do temporal em adubo que nos favoreça a tarefa.
Ao redor da leira que nos confiaste, rondam aves de rapina, tentando instilar-nos desânimo e discórdia…
Não longe de nós, flores envenenadas deitam capitoso aroma, convidando-nos ao repouso inútil, e aves canoras da fantasia, através de melodias fascinantes, concitam-nos a ruinosa distração…
Fortalece-nos a vigilância para que não venhamos a cair.
Dá-nos coragem para vencer a hesitação e o erro, a sombra e a tentação que nascem de nós.
Faze-nos compreender os tesouros do tempo, a fim de que possamos multiplicar os créditos de conhecimento e de amor que nos emprestaste.
Divino Amigo! Sustenta-nos as mãos no arado de nossos compromissos, na verdade e no bem, e não permitas, em tua misericórdia, que os nossos olhos se voltem para trás.
Que a tua vontade, Senhor, seja a nossa vontade, agora e para sempre. Assim seja.