— Olhe por mim, Irmã Nélia! Tenho sofrido demais.
Era D. Flavinha quem pedia à entidade amorosa, na sessão de efeitos físicos, em grande cidade mineira.
E Irmã Nélia, materializada, confortava:
— Tudo melhorará, minha filha! Acalme-se. Confiemos em Jesus.
Na, reunião imediata, D. Flavinha clamava:
— Socorro, Irmã Nélia! Minhas provações são terríveis! Que será de mim? Traga-me um consolo!
A mensageira em serviço respondia:
— Filha, tenhamos paciência e coragem… A luta é instrumento de redenção! A dor é uma bênção que a Lei de Deus nos envia…
Nas preces seguintes, voltava D. Flavinha:
— Irmã Nélia, sofro imensamente! Ampare-me!…
E a emissária do bem:
— Jesus é por nós… Seja a fé nosso guia. Rearticulada a assembleia de oração, D. Flavinha repetia:
— Ó Irmã Nélia, desfaleço!… Que será de mim com tantas dores?
A piedosa entidade balsamiza-lhe a alma:
— Filha, não esmoreça! Com o dever retamente cumprido, receberemos do Senhor novas bênçãos! Não desanime, não desanime!
Outras sessões e outros clamores.
A situação perdurava por mais de um ano, quando, certa noite, D. Flavinha rogou com mais lágrimas:
— Irmã Nélia, não posso mais! Auxilie-me, por amor de Deus! Sua caridade tem trazido aqui o remédio para tanta gente! Lembre-se de mim! Traga-me, por Jesus, algum socorro mais decisivo!
E Irmã Nélia informou:
— Sim, sim… Tentarei, tentarei…
Quando a sessão terminou, D. Flavinha sorriu pela primeira vez, embora extremamente desapontada.
No seu colo estava, bem-posta, grande e curiosa chupeta…
(Psicografia de Francisco C. Xavier)