A caridade na vida É sempre a elevada Lei do Bem, O pão que sobra no nosso prato Falta no prato de alguém. A caridade difere Na ideia de muita gente Que faz da santa virtude, Uma virtude doente. É o caso incompreensível De Dona Joana Pellejos Que deu vestidos às irmãs viúvas Inçados de percevejos. Gilberto Antonio Pereira Da Fazenda dos Espichos, Deu às crianças famintas Oito goiabas com bichos. Dona Solange das fontes Com toda a sua altivez, Deu um capacho velho à uma velhinha Para cobrir-lhe a nudez. Dizia João de Mantena, Quem muito faz da caridade um capricho Que não se pode transformar um irmão da Humanidade Em depósito de lixo. Caridade é ajudar quem chora, A quem sofre dor nos extremos, É transmitir esperança e reconforto, E partilhar os recursos que já temos. Caridade só é a gentileza Que não se aflige e não se atrasa Em ser compreensão e tolerância Lá dentro de sua própria casa. É reconhecer que estamos unidos, Todos na qualidade de cristãos, Que servindo ou dirigindo Nós todos somos irmãos. Em nossa humilde reunião De Verdade e Paz, Amor e Luz, Todos sabemos já que caridade E reina sempre a presença de Jesus. |
(Página recebida pelo Médium Francisco Cândido Xavier, na noite de 25/04/1998, em reunião pública do Grupo Espírita da Prece - Uberaba/ MG)