Antes a senda transformada, A morte lembra clarão Do sol atingindo a alvorada, Em meio da escuridão. Não existe frase alguma Que defina a paz inteira Quando a morte rompe a bruma Da lágrima derradeira. Ao erguer-me a agonia Na vida que continua, Transtornada de alegria Beijei as pedras da rua. Da morte a gente se aparta, Como quem sai de um crisol, Lagarta dorme lagarta E acorda falena ao sol… Vi, em sublime transporte, No instante da despedida, Toda a alegria da morte, Toda a tristeza da vida. Antes da morte, cala o grito No qual te queixas em vão, A morte é o anjo bendito Da grande libertação. |