Inda chora o Senhor nas horas mudas Na cruz de vinte séculos ingratos, Contemplando a progênie de Pilatos E a descendência exótica de Judas. Examina os Herodes insensatos, Os novos Barrabás de mãos sanhudas E as multidões misérrimas, desnudas Que lhe cospem no ensino a pugilatos. Chora Jesus! Amargamente chora, E clama à sede imensa que o devora, Buscando gerações, enchendo espaços! Em toda a Terra, há lívidos incêndios… E entre as humilhações e os vilipêndios, Contempla o mundo que lhe foge aos braços. |
Este soneto foi publicada originalmente em 1984 pela UEM e é o prefácio do livro “”