Quem diz que o verbo se vai, Qual sol vazio no vento, Não mostra o espírito atento Ao que se pensa e se diz; Mormente agora, na Terra, Em transição apressada, A frase rude na estrada Invoca a treva infeliz. Anota: às vezes, em casa, Por simples questão, à-toa Vem a injúria que atordoa, Partindo para a agressão; Duras mágoas do passado, Remexidas de repente, Parecem bombas da mente, De explosão para explosão. O trânsito, em qualquer parte, Parece um teste constante, Exigindo, a cada instante, Humildade e amor ao bem; Aparece um desafio, A prolongar-se no insulto, E o crime que estava oculto Arrasa os dias de alguém… Quanto puderes, evita, Onde estejas e onde fores, Queixas, intrigas, clamores. Ante o mal, silêncio é luz!… Quem serve, eleva e perdoa, Por mais sinta a vida amarga, Diminui a luta e a carga Que pesam sobre Jesus. .Maria Dolores |