Nascimento: 14 de dezembro de 1972. Desencarnação: 14 de março de 1987. Idade: 14 anos.
Pais: Luiz Corrêa da Silveira Filho e Elzi Terezinha Garcia Corrêa. Rua Eurides Chagas Cruz, 1401. Três Lagoas — MS.
Irmão — Luiz Adriano Garcia Corrêa.
Bisavô — Sebastião Corrêa, desencarnado.
Vovô — Luiz Corrêa da Silveira, paterno, desencarnado.
Nas férias do casal Corrêa, em que as pessoas procuram refazer as forças e a gurizada deliciar-se nos passeios, Luiz e Elzi, pais de Heleyne, mal podiam supor que, na volta desse descanso na tarde do dia seguinte, teriam de suportar a dor pela perda física da filha querida.
Ainda no clima da alegria do retorno, Heleyne passeava com amiguinha de mobilete, quando inesperadamente são colhidas por um caminhão.
Deste choque resultou a desencarnação de Heleyne e a hospitalização de sua companheira.
Mesmo socorridas nada se pode fazer em auxílio à jovem que ainda ficou um dia no hospital de Ilha Solteira — SP. Nesse ano de sua desencarnação, cursava a 7ª série no Colégio Fernando Corrêa e sempre identificada como excelente aluna obtendo pela sua dedicação, as melhores notas.
Por mais que se procure consolar, o pouco espaço de tempo arrebata o equilíbrio e torna o ser a imagem da desesperança.
Luiz e Elzi, por gozarem de boas amizades espíritas, foram aconselhados a ir à Uberaba.
Nasceu aí o forte desejo de receberem mensagem de sua filha.
Sem olvidar qualquer esforço, dirigem-se à presença do médium Francisco Cândido Xavier.
O Sr. Luiz conta que ficou extasiado e impressionado.
Ao acabar de ser lida a mensagem recebida, Chico chamou-me para perto de si e disse-me que Heleyne entrou em contato com ele materializada antes da mensagem e falou muito a respeito de nós e que não fizéssemos nada contra o motorista do caminhão porque não teve culpa.
Estava sofrendo muito com o ocorrido.
Isto deixou-me mais perplexo ainda.
Como ele sabia que era acidente de caminhão se mal deu tempo para chegarmos à cidade e ao Centro e não mantermos contato com ninguém até esse momento em Uberaba.
Outro detalhe que chamou a atenção é que na mensagem, Heleyne cita no 2.° parágrafo que “Estou sem dores e sem incômodos…”
Nós, eu e minha esposa, comentávamos muito sobre a nossa filha, se estava sentindo dores ou incomodada com a sua situação.
Uma preocupação que não nos deixava sossegados.
Desconhecedores da Doutrina Espírita, a mensagem criou-nos a convicção de que o Espírito vive, que busca a sua paz como nós que aqui ficamos, por isso, procuramos evitar o mais possível lamentações para que nossa filha sinta-se mais feliz.
Chico Xavier é e foi para nós o Consolador encarnado que a Divina Sabedoria autorizou, porque, Deus, conhecedor supremo de nossas necessidades, não nos dá o fardo mais pesado do que possamos carregar.
Papai Luiz, mãezinha Elzi e querido irmão. Estou sem dores e sem incômodos quaisquer.
Não chorem o que me sucedeu. Meu tempo era curto na Terra, diz o meu bisavô Corrêa e estou muito bem tratada.
A mobilete foi uma desculpa; de qualquer modo eu viria, porque as forças da desencarnação têm caminhos que os homens desconhecem.
Não estou alegre e nem triste. Se eu estivesse em alegria, era como que dizer que não pensava mais em casa e se estivesse triste, seria ingratidão para com aqueles que me procuram alegrar.
Peço-lhes me fortalecerem com os pensamentos de confiança em Deus que nos oferece sempre o melhor.
Ainda não estou assim tão fortalecida de memória para saudar a todos os nossos amigos presentes, mas peço a cada um me perdoe o resto de amnésia que ainda trago comigo e peço ao papai Luiz, ao querido irmão e à querida mamãe Elzi, receberem o carinho e a saudade da filha que tanto lhes quer e que os amará sempre, sempre com tudo de bom que eu possa adquirir com a bênção de Deus para o meu coração.