Ouço-te, às vezes, coração amigo,
Em torno ao bem, numa questão qualquer:
— “Farei… Conseguirei… Conta comigo…
Se Deus quiser, se Deus quiser…”
Mas não te alteres, a pretexto disso,
De segundo a segundo, estrada a estrada,
A Vontade de Deus é revelada
Em bondade e serviço.
Fita os quadros da gleba, campo afora;
Tudo o que existe, vibra, luta e sente,
Serve constantemente,
Dia a dia, hora a hora!…
De alvorada a alvorada, o Sol fecundo,
Sem aguardar requerimento,
Garante sem cessar o equilíbrio do mundo
De seu carro de luz no firmamento.
A fonte, a deslizar singela e boa,
Passa fazendo o bem,
Dessedenta, consola, alivia, abençoa
Sem perguntar a quem…
Sem recorrer a humanos estatutos,
Nem a filosofias enganosas,
A laranjeira estende os próprios frutos,
A roseira dá rosas…
O lírio não se ofende, nem reclama:
Sobre a terra onde alguém lhe deitou a raiz,
Seja em vaso de estufa ou num trato de lama,
Desabrocha feliz.
Assim no mundo, coração amigo,
Faze o bem onde for, seja a quem for;
Em toda parte, Deus conta contigo
Na tarefa do amor.
Essa mensagem foi publicada originalmente em 1969 pela FEB e é a 110ª lição do livro “”
Citação parcial para estudo, de acordo com o artigo 46, item III, da . |