Lembrando-te, Senhor, A glória ao desabrigo, Aspirarmos a ser Migalha do Natal permanente contigo!… Faze-nos esquecer As fraquezas e os erros que trazemos E acolhe-nos na luz, — Na luz eterna dos teus dons supremos… Deixa que nós sejamos, Na exaltação do bem que a tua vinda encerra, Inda que seja um traço pequenino Do amor com que iluminas toda a Terra!… Concede-nos a bênção de espalhar, Junto daqueles que a penúria alcança, O pão que supre a mesa E o verbo da esperança!… Onde a tristeza surja e a revolta se expanda Em tormenta sombria, Queremos ser contigo A semente da paz e o toque da alegria… Onde o infortúnio chore Um sonho semimorto, Anelamos doar, na força de teu nome, A palavra de vida e reconforto!… Ante o Natal de volta às províncias do Mundo, Na doce comoção que nos invade, Transforma-nos, por fim, em parcela bendita Da Celeste Bondade!… Ampara-nos, Senhor, até que um dia, Além de nossas trilhas inseguras, Possamos nós também cantar, na harmonia dos Anjos: — Glória a Deus nas Alturas!… |