Agradeço, alma fraterna e boa, O amor que no teu gesto se condensa, Deixando, ao longe, a festa, o ruído e o repouso Para dar-me a presença… Sofres sem reclamar, enquanto exponho Minhas ideias diminutas E anoto como é grande o teu carinho, No sereno sorriso em que me escutas. Não sei dizer-te a gratidão que guardo Pelas doces palavras que me dizes, Amenizando as lutas que carrego Em meus impulsos infelizes… Auxilias-me a ver, sem barulho ou reproche, Dos trilhos para o bem o mais certo e o mais curto, Sem cobrar pagamentos ou louvores Pelo valor do tempo que te furto. Aceitas-me, no todo, como sou, Nunca me perguntaste de onde vim, Nem me solicitaste qualquer conta Da enorme imperfeição que trago em mim!… Agradeço-te, ainda, o socorro espontâneo Que me estendas à vida, estrada afora, Para que as minhas mãos se façam mensageiras De consolo a quem chora!… Louvado seja Deus, alma querida e bela, Pelo conforto de teu braço irmão, Por tudo o que tens sido em meu caminho, Por tudo o que me dás ao coração!… |