Se confias em Deus, alma querida, Vem com Jesus, do lar, que te resguarda e eleva, Ao vale da aflição onde vagam na sombra Os romeiros da angústia e as vítimas da treva!… Na crença que te nutre, acende a chama Do amor que te desvende, trilha afora, Os convidados d’Ele ao banquete da vida, Os que formam na Terra a multidão que chora. Vamos!… Jesus, à frente, nos precede, Insistindo por nós, de caminho a caminho, E pede proteção ao que segue em penúria, Reconforto a quem vai padecente e sozinho… Aqui, passam em bando, aos ímpetos do vento, Pequeninos sem fé, sem apoio, sem nome. Que fazem? de onde vêm? aonde vão? ninguém sabe E nem sabe explicar a mágoa que os consome; Ali, geme, sem teto, o doente esquecido, Além, tropeça e cai, sem a escora de alguém, O velhinho largado à vastidão da noite, Que recebe, por leito, a terra de ninguém; Mais adiante, é a viuvez cansada de abandono, Almas na solidão de torturante espera, Implorando socorro ao telheiro vazio A recolher somente a dor que as dilacera; Flagelam-se, mais longe, os tristes companheiros Que andaram sem pensar, nas veredas do crime, Rogando leve olhar de bondade e esperança, Numa frase de paz que os restaure e reanime!… Ante os erros que encontres, não censures Nem te queixes… Trabalha, alma querida!… Deus quer misericórdia!… Ama, serve, abençoa E Deus te susterá nas provações da vida. Vem como és e auxilia quanto possas, Nem clames pelo Céu, sonhando em vão!… Nosso Senhor te aguarda tão somente, Traze teu coração!… |
Essa mensagem foi publicada originalmente em 1969 pela FEB e é a 47ª lição do livro “”