— “Monstro! Monstro! Olhe o monstro!… — Esse era o grito Quando ele vinha… O rosto bexiguento… A mão mirrada… A calva exposta ao vento… Arrimado ao bastão, coxeante e aflito… Um dia cai… Arrasta-se, febrento… Ziguezagueia o cérebro em conflito E morre qual se fora cão maldito No caos de um formigueiro em movimento… Liberto enfim!… Alegre e delirante, Sonha empunhar espada e fino guante Picando irmãos em luta fratricida!… Desperta! E oscula em lágrimas ditosas As pequeninas feras belicosas Com quem purgara os erros de outra vida. |
LAFAYETTE MELO — Filho de Desidério de Melo e de D. Clarinda de Melo, L. Melo, além de poeta, foi professor, poliglota e jornalista. Um dos fundadores e diretores de , em sua terra natal. Órfão de pai desde cedo, foi um autodidata. Desde que se tornou espírita, passou a ser devotado colaborador de (hoje, ), semanário espírita uberabense, com sonetos bem trabalhados, de conteúdo doutrinário. (Uberaba, Minas, 21 de Outubro de 1892 — Patrocínio, Minas, 15 de Agosto de 1953.)
renascimento. Evidentemente, nada tem a ver com o estilo Renascença do 1º verso, e sim, com a reencarnação.
Eis parte do texto integral: “Mas, ingratos, os homens se afastaram do caminho reto e largo que conduz ao reino de meu Pai e enveredaram pelas ásperas sendas da impiedade.” (Allan Kardec, O Evangelho seg. o Espiritismo, cap. VI, “Instruções dos Espíritos”, “”.)
Atente-se no ritmo do 1º hemistíquio, inteiramente jâmbico.
Aliteração em p.
Religião da Luz: o Espiritismo ou Doutrina Espírita a que os Espíritos costumam chamar a Religião Cósmica do Amor e da Sabedoria.
Suarabácti: “ca-ta-le-p-si-a”..
Note-se a epímone. — .
Mesarquia. — .
(Psicografia de Waldo Vieira)