Mentira em vários extremos, Do homem rico ao mais pobre, No mundo é sempre o que vemos Nas juras que a Terra cobre. Não tenhas medo de mim, Porque passei pela morte; Nosso amor puro e sem fim Não há lâmina que corte. Alma que busque manter Lealdade na afeição, Coloque o próprio dever Por dentro do coração. Se a notar mágoas te empenhas, Não é preciso esconder; Escreve as queixas que tenhas Na praia, perto das ondas. Ante a dor que me esfarrapa, Oculto o meu desalinho, Fonte que nasce na lapa Não se mostra no caminho. Digo aos homens e às mulheres Este rifão sem receios: Não brinques onde estiveres Com sentimentos alheios. Esforça-te por vencer As iras em que te arrasas, Ninguém consegue viver Entre paredes de brasas. Trata a todos por irmãos, Usa o verbo bem composto, O sorriso de bondade É um arco-íris no rosto. |