Antes de maldizer a própria sorte, Pensa nos tristes de alma consumida, Que vagueiam nas lágrimas da vida, Sem migalha de amor que os reconforte. Que a retaguarda escura nos enxorte! Contemplemos a noite indefinida Dos que seguem sem pão e sem guarida, Entre a dor e a aflição, a treva e a morte!… Pensa e traze aos que choram no carinho A fatia de luz do teu caminho, Pelas mãos da bondade, terna e boa… E encontrarás no pranto da amargura A fonte cristalina que te apura E a Presença do Céu que te abençoa. |
(Psicografado em Pedro Leopoldo, MG, em 31 de julho de 1954.)