Benditas sejam, torturando embora, As lágrimas que a vida transfigura Na fonte generosa, viva e pura De perfeição e luz para quem chora. Lírios e estrelas de celeste alvura, Entre as sombras da mágoa que aprimora, Rolam do coração, lembrando a aurora No imenso caos da imensa noite escura!… Benditas sejam! Lágrimas divinas Como flores brilhando sobre as ruínas, Que a provação estende, áspera e franca… Mas, acima da bênção que as alveja, Ante a glória do amor, bendita seja A mão da caridade que as estanca! |
(UBERABA — MG. 19-8-1960)