No reino de teu lar em paz celeste, Repara quantas sobras de fartura!… O pão dormido que ninguém procura, O trapo humilde que não mais se veste… Do que gastaste, tudo quanto reste, Arrebata o melhor à varredura E socorre a aflição e a desventura Que respiram gemendo em noite agreste!… Teu gesto amigo florirá perfume, Bênção, consolo, providência e lume Na multidão que segue ao desalinho… E quando o mundo te não mais conforte, Essa leve migalha, além da morte, Fulgirá como estrela em teu caminho. |
(“CAMPANHA DE FRATERNIDADE AUTA DE SOUZA” 1ª edição — Fevereiro de 1972 — pág. 57)