Repara a fonte diligente e boa Escravizada ao solo em que destila, Acolhendo, a cantar, doce e tranquila, A saliva do charco que a magoa. Envolvente e translúcida coroa Que afaga e nutre o coração de argila Passa ajudando ao chão em que se asila, Tanto mais pura, quanto mais perdoa… Como a fonte que olvida toda ofensa, Abraça na bondade a luz imensa Que te guarda, no mundo, a alma sincera. E, estendendo o perdão por onde fores, Encontrarás na cruz das próprias dores A Alegria Divina que te espera… |
(“CAMPANHA DE FRATERNIDADE AUTA DE SOUZA” 1ª edição — fevereiro de 1972 — pág. 45)