Repara a terra pobre, humilde e boa, Enlameada ao temporal violento… A golpes rudes de granizo e vento, Olvida em paz a injúria que a magoa. Depois, a vida tece-lhe a coroa De pétalas luzindo ao firmamento… E, feliz ante o mundo desatento, Mais se embeleza quanto mais perdoa. Assim também, esquece o lodo e a ofensa. Que a tormenta de trevas te não vença A nobreza dos sonhos redentores!… Seja o perdão o apoio a que te arrimes, E desabrocharás em dons sublimes Como a terra insultada ri-se, em flores. |
(Psicografado em Uberaba, MG, em janeiro de 1967.)