A anônima semente pequenina Atirada por mão piedosa e boa, Parecia dormir no charco, à toa, Sorvendo o sol aos beijos da neblina… Depois cresceu, abrindo-se em coroa, Árvore nobre a frondejar, divina, Fruto a fazer-se pão que nutre e ensina, Flor que perfuma, tronco que perdoa!… Assim é o bem humilde que semeias Pelo espinheiral das dores alheias Que sombra, provação e angústia encerra… Hoje, singela dádiva perdida, Amanhã será luz, beleza e vida Dulcificando as lágrimas da Terra. |
(“CAMPANHA DE FRATERNIDADE AUTA DE SOUZA” pág. 91 — 1ª edição — Fevereiro de 1972.)