Faze da própria dor o facho da esperança, Espalhando por luz o verbo em que te exprimes, Revelando em Jesus as estradas sublimes Para o Reino de Paz, onde a paz nos descansa. Por mais luta ou mais dor, jamais te desanimes. Chora, mas serve e crê, suporta e avança Nos caminhos da fé, mantendo a segurança Das ideias do bem a que te arrimes!… Não olhes para trás, mesmo de lenho aos ombros, Vara pedras, brejais, trevas e escombros, Prossegue à frente, eleva, ampara e lida… E um dia, muito além da sombra e da saudade, Encontrarás de novo o Lar da Eternidade E a vitória do amor na Grande Vida. |
(Soneto psicografado na reunião pública de 27 de abril de 1977, na Fundação Marietta Gaio, no Rio de Janeiro, RJ.)