A Gênese
CAPÍTULO XIV
Os Fluidos
Qualidades dos fluidos
• Item 21 •
Dir-se-á que se podem evitar os homens sabidamente mal-intencionados. Sim, certamente; mas como fugiremos à influência dos Espíritos maus que pululam à nossa volta e, sem serem vistos, se insinuam por toda parte.
? meio é muito simples, porque depende da vontade do próprio homem, que traz consigo o necessário preservativo. Os fluidos se combinam pela semelhança de suas naturezas; os dessemelhantes se repelem; há incompatibilidade entre os fluidos bons e os maus, como entre o óleo e a água.
O que se faz quando o ar está viciado? Procede-se ao seu saneamento, cuida-se de depurá-lo, destruindo o foco dos miasmas, expelindo os eflúvios malsãos, por meio de correntes mais fortes de ar salubre. Contra a invasão dos fluidos maus é preciso que se oponham os fluidos bons e, como cada um tem no seu próprio perispírito uma fonte fluídica permanente, todos trazem consigo o remédio indispensável. Trata-se apenas de depurar essa fonte e de lhe dar qualidades tais que se constitua para as más influências um repulsor, em vez de ser uma força atrativa. O perispírito, portanto, é uma couraça a que se deve dar a melhor têmpera possível. Ora, como as suas qualidades guardam relação direta com as qualidades da alma, é preciso trabalhar pela sua melhoria, visto que são as imperfeições da alma que atraem os Espíritos maus.
As moscas são atraídas pelos focos de corrupção; destruídos esses focos, elas desaparecerão. Dá-se a mesma coisa com os Espíritos maus, que vão para onde o mal os atrai; eliminado o mal, eles se afastarão. Os Espíritos realmente bons, encarnados ou desencarnados, nada têm que temer da influência dos maus.