“Nossas mãos podem trabalhar muito ainda a serviço do próximo, esquecendo-se de nós mesmos para viver em Jesus-Cristo que nos fortalece.”
Mamãe, que Jesus abençoe a todos os que se encontram aqui, nas lembranças sublimes que nos sugerem a data de hoje, concedendo ao seu coração muita coragem e luz e fé.
Estou muito satisfeito com as suas melhoras e espero no Senhor que o proveito espiritual dessa viagem que acabou de fazer, com a permissão do Alto, seja enorme para o seu Espírito valoroso na resignação e na confiança.
O que a senhora viu e ouviu, os quadros de trabalho cristão colocados sob o seus olhos foram uma dádiva do Mestre para que sua alma abatida se reanimasse.
A senhora não foi apenas visitar os parentes do sangue, mas conhecer de mais perto, a família espiritual, não foi simplesmente à procura da restauração do corpo abatido e enfermo, mas também procurar o restabelecimento da alma. E me sinto feliz, mamãe, porque seu coração vai compreendendo que a dor de outros é muito maior que as nossas, e que nossas mãos podem trabalhar muito ainda a serviço do próximo, esquecendo-se de nós mesmos para viver em Jesus-Cristo que nos fortalece.
Roguei a permissão superior para gravar neste caderno afetuoso as palavras desta noite para dizer-lhe que as bênçãos recebidas por nós foram infinitas.
A senhora está na posição da criatura feliz que foi admitida ao interior de um grande e belo jardim. Seus olhos maravilharam-se com as flores, seu espírito admirou os frutos divinos do trabalho com o Pai e trouxe da feliz excursão generosas sementes e preciosas mudas que é preciso semear, cuidar e cultivar.
Creia, mamãe, que também eu estou edificado e espero em Jesus que nos irmanaremos, cada vez mais, no serviço do bem aos semelhantes.
Quando acompanhei os seus passos na viagem, eu mesmo não sabia que tamanhos seriam os nossos lucros! Oh! abençoado seja pra sempre o divino amor que nos agraciou com venturas tão grandes! Sua Saúde vai, graças à Providência, bem melhor. Cuide, porém, do equilíbrio físico, quanto seja possível. O corpo é um templo sublime que devemos consagrar ao serviço de Deus.
Lembranças a todos. E, repetindo aqui os meus votos de paz a todos e rogando ao Mestre Divino muita alegria e bom ânimo para o seu coração carinhoso, beija-lhe as mãos o filho que não a esquece.
Relata-nos Dª Adélia: “Esta mensagem foi psicografada após uma viagem que fiz a São Paulo para ver os parentes e, por recomendação e apresentação do querido Chico, fui até Santos conhecer a “Casa dos Pobres” que, era naquela época dirigida por nossa irmã Maria Máximo que foi fundadora e uma grande trabalhadora da nossa doutrina. Isto se deu em 1944, acompanhava-me naquela época minha filha Carmem Silvia que tinha treze anos.”