Outrora, os mártires sofreram nos circos para doar ao mundo o esplendor da Revelação.
Hoje, porém, os seguidores do Mestre Divino, irmanados em torno da cruz redentora, foram chamados à doação da Fraternidade às criaturas.
Amparados pela evolução dos códigos que se tocaram das claridades sublimes da Boa-Nova, no desdobramento dos séculos, desfrutam de liberdade relativa para concretizarem a divina missão de que foram cometidos.
Antigamente, dolorosa renunciação era exigida aos companheiros do Mestre Nazareno, de fora para dentro; agora, contudo, é a luta renovadora do santuário íntimo para o mundo externo.
Não é o circo do martírio que se abre na praça pública, nem a fogueira dos autos-de-fé, organizada junto de povos livres e robustos em nome das confissões religiosas.
A atualidade reclama corações consagrados ao Senhor na esfera de si mesmos.
A fraternidade constituir-se-á abençoado clima de trabalho e realização, dentro do , ou permaneceremos na mesma expectação inoperante do princípio, quando o material divino da Revelação e da Verdade não encontrava acesso em nossos espíritos irredimidos.
Formemos não somente grupos de indagação intelectual ou de crítica nem sempre reconstrutiva, mas, sobretudo, ergamos um templo interior à bondade, porque sem espírito de amor todas as nossas obras falham na base, ameaçadas pela vaga da inconstância que caracteriza o campo falível das formas transitórias.
“Amemo-nos uns aos outros”, segundo a palavra do Mestre (Jo
Se nos encontramos realmente empenhados ao Espiritismo que melhora e regenera, que esclarece e redime, que salva e ilumina, sob a égide de Jesus, recordemos as palavras do , para vivê-las na acústica da própria alma, seguindo o Senhor em sua exemplificação de sacrifício, de solidariedade e de amor: — “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém vai até o Pai, senão por mim”. (Jo
De mensagem recebida em 14.05.1949.