A Terra hoje anuncia Médiuns, por todos os lados, Mas dói ver a maioria Sempre de braços cruzados. O médium fiel ao bem, Sem nada de singular É aquele que sempre tem Algo de bom para dar. O médium de qualquer crença Para ser forte e feliz Não fala tudo o que pensa, Mas pensa tudo o que diz. O médium preso a serviço? Por esse não me embaraço, Pois assim, não quer descanso, Quer trabalho e mais trabalho. O médium que mais avança É aquele que serve e passa, Comunicando esperança Mesmo no pouco que faça. Médium que age e se amola Aguente a própria missão. Passarinho na gaiola Não sofre com gavião. O médium só de salão Que só faz prosa e deleite Num círculo de oração Parece vaso de enfeite. O médium que se apregoa, Que diz que cura e socorre, Às vezes, num caso à toa, Embarca no corre-corre. A tarefa de servir Tem esta nota vulgar: É fácil escapulir, Difícil, recomeçar. Se o médium procura o bem Na consulta a que te levas, Parece uma luz no Além, Vencendo o poder das trevas. |