Agradeço, Mãezinha, tudo o que me ofertas, Desde o sono do berço e as canções de ninar, Aos problemas da vida ante as horas incertas, Entre as provas do mundo e as carícias do lar. Agradeço-te as as mãos, a zelarem por tudo, Nos recursos do pão, ao sol de cada dia, E no amparo da veste a servir-me de escudo A fim de que eu vencesse o vento e a noite fria. Agradeço a oração, com que me deste à infância O respeito à existência e a fé que me avigora, Terna visão do Céu que relembro à distância, No trabalho constante em que me vejo agora. Agradeço-te, oh! Mãe, a proteção e a escola Do teu mundo de amor que até hoje me alcança… Melodia interior que me anima e consola, Refazendo-me o ser no clima da esperança. Agradeço o silêncio e o carinho incessantes Com que buscas não ver meus enormes deslizes E o teu claro perdão de todos os instantes Quando o erro me aponta as horas infelizes. Mas acima dos dons de tanto reconforto, Trago-te em luz mais alta, a flor da gratidão, Porque não me atiraste ao desprezo do aborto E guardaste-me em Deus no próprio coração.
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