Humilhação, desvalia? A dor que o tempo te traz É bênção que Deus te envia Para saber como estás. Inteligência na Terra Que vive de condenar Um dia, cai, luta e erra Para saber perdoar. No tempo que se consome, Vê lá como te desdobras, O mundo te sabe o nome, O Céu te vê pelas obras. Ensinamento profundo Que na verdade cintila: Felicidade no mundo É a consciência tranquila. Reencarnação!… Tempos idos!… No lar de que te circundas, Tens os laços mais queridos E as aversões mais profundas. Cada dia é novo dia… Observa onde te pões. Não faças hora vazia Chorando desilusões. Instrução que vem a ser De qualquer tempo e lugar: Quem nunca sabe perder Não serve para ganhar. Ele nunca melhorara… Pedia amparo e justiça, Mas morreu com grande escara De tanta rede e preguiça. A vida é luz sem limite; Disso, eis a prova mais forte: Não há homem que acredite No dia da própria morte. Deus ao honrar-me os caminhos, Pela bênção da cegueira, Aprendi com os passarinhos A cantar a vida inteira. |