Caderno de mensagens

Capítulo LXXXV

Legendas da Morte



Para quem luta e padece,
Bendizendo a própria dor,
Em tudo, a morte parece,
Um anjo libertador.

Marcelo Gama

Quando a morte vem à gente
É uma luz brilhante e bela;
Mas é muito diferente
Se a pessoa vai a ela.

Sylvio Fontoura

Eis o maior desconforto
Que mais me feriu na vida:
Mãe chorando um filho morto
No instante da despedida.

Silveira Carvalho

Morte… Ansiedade… Conflito…
Angústia… Dúvida… Sede…
Depois, o sono bendito
Ao doce embalo da rede.

Gil Amora

Na morte, nada supera
Todo o esplendor que se asila
Nas visões da primavera
Da consciência tranquila.

Sabino Batista

Na cegueira em que eu vivia,
Eis que a morte a me envolver,
Era a luz de novo dia
No brilho do alvorecer.

Juvenal Galeno

Quando a morte me buscou,
Numa simples brincadeira,
Virei crumatá no anzol
Da ponta de uma peixeira.

Chica Barrosa

A Morte, ao me procurar
Tinha uma voz doce e mansa
Numa canção de ninar
Qual se eu fosse uma criança.

José da Mata


Trovas recebidas pelo médium Francisco C. Xavier. O manuscrito dessa mensagem encontra-se sob a custódia do Dr. Eurípedes Higino, filho adotivo do Chico.