Fita a paisagem do frio… Há névoa… Tempo sombrio… Garoa invadindo o ar… O vento é rígido açoite, Dói contemplar sob a noite Os companheiros sem lar… Mães asserenam filhinhos Que nos lembram passarinhos, Tangidos pelo tufão… Perante o ninho desfeito, Estão no ninho do peito, O maternal coração. Junto às mães, surgem mendigos E enfermos buscando abrigos, Tremendo e seguindo ao léu… Cada qual espera e ama, Vencendo poeira e lama, De sentimentos no Céu… Por isso, dói mais na gente Encontrar frequentemente Nobres e rudes ateus De cérebro claro e forte, Trazendo o frio da morte Dos que se afastam de Deus. |