Há choro dentro da noite… É o doloroso gemido De pobre recém-nascido Que não encontra lugar… Mãos insensíveis sufocam Pequenina flor humana… É o aborto, em lide insana, Ferindo a Lei sem pensar. Ah! quantas almas formosas, Nos planos em que me movo, Sonhando nascer de novo, No entanto, rogam em vão… Agasalham-se no amor, Mas, em lágrimas convulsas, Ei-las batidas e expulsas A golpes de ingratidão. Irmãos da Terra, escutai!… Detende a marcha do aborto, Estendei vosso conforto Aos companheiros do Além!… Cada criança que surge, Mesmo entre rudes labéus, É uma esperança dos Céus Para a vitória do Bem. |