Antes que o olhar se nos fixe nos mundos brilhantes, que evoluem mais alto no campo da Universalidade Divina, lembra a Terra amorosa que te acolhe e bendiz.
Repara a gleba em que te encontras.
Espinheiros e flores se misturam.
Pedra e lama impedem a sementeira digna em vastas regiões que se fazem inóspitas.
Vermes e plantas venenosas perturbam grandes linhas da paisagem.
Esta é a casa de trabalho em que o Senhor te situou.
Faze alguma cousa por melhorá-la, embelezá-la ou engrandecê-la.
Auxilia ao trabalhador na conservação do bom ânimo.
Socorre o enfermo, a fim de que se restaure.
Ampara as sementes do bem.
Inspira a coragem aos que fraquejam.
Acende alguma luz para as sombras.
Amassa o pão do reconforto para quem te reclama o concurso fraterno.
Produze a gota de remédio que regenera o doente.
Defende a fonte cristalina.
Planta uma árvore valiosa no caminho em que transitas ou faze um vaso humilde florir à porta do lar e estarás enriquecendo o berço em que nasceste, elevando a existência, a favor daqueles que virão depois dos teus passos.
Quem não valoriza a candeia próxima, dificilmente entenderia o esplendor da estrela distante.
Quem despreza o alfabeto não atinge a ciência.
É preciso começar com o bem e persistir com ele se desejamos a perfeição.
Cada qual, porém, avança na senda que lhe é própria.
Ninguém caminhará para a frente sobre o alheio esforço.
Antes de pretendermos o ingresso nos mundos venturosos e redimidos, salvemos o chão em que nos firmamos, construindo o mundo mais feliz de amanhã pela melhoria de nós mesmos.
Não vale contemplar sem agir, nem sonhar sem fazer.