Alma presa aos grilhões do barro obscuro, Sofre a imensa tristeza que te invade, Tecendo as asas da Imortalidade, Para a ascensão sublime do futuro. Além do chão terrestre áspero e duro, Brilham jardins de sol na 1mensidade E palácios divinos de ouro e jade, Emoldurando as glórias do amor puro. Sofre no chavascal, mas luta e avança Sob a luz da Bondade e da Esperança, Padecendo e chorando por vivê-las! E, ave subindo às amplidões supremas, Em breve romperás trevas e algemas, Para fulgir na pátria das estrelas. |
Reformador — Dezembro de 1955.
Segundo consta do original, o soneto foi recebido em reunião da noite de 13/09/1955, em Pedro Leopoldo, Minas Gerais. Não há referência de local.