Coração no candente pelourinho, Humilhado nos últimos tormentos, Exposto à fúria de tufões violentos, Agoniado, exânime, sozinho… Agradece ao medonho torvelinho… A tua voz, em trágicos lamentos, Rompe esferas, estrelas, firmamentos, — Prece brilhando em fúlgido caminho!
Luta, mas vence o cárcere das trevas, Sublimando o martírio a que te elevas, Embora a própria angústia em pranto brades. Extinta a noite do suplício extremo, Desferirás teu voo alto e supremo Na eternidade das eternidades! |
Reformador — Abril de 1961.
Segundo consta do original, o soneto foi recebido em reunião da noite de 17/09/1959, sem referência de local.