Cartas do Alto

Capítulo XXXIII

Soneto



Ah, Quintão, tu me destes, comovido,
O necrológio terno da amizade!
Eu te envio, daqui, da eternidade,
Meu pobre pensamento agradecido!


Eis-me, de novo, ante o desconhecido.
A impressão da fraqueza inda me invade,
Guardando o doce-amargo da saudade
No pensamento fraco e dolorido.


Mas desde a dor do leito da agonia
Sinto as bênçãos suaves de Maria,
Multiplicadas no meu coração!


O Evangelho divino de Jesus
É a minha fortaleza e a minha luz
— Eterna fonte de consolação.





Reformador — Dezembro de 1966.


Manuel Justiniano de Freitas .