Ide e plantai no mundo atormentado e aflito As árvores de luz do bem que aperfeiçoa. Ide e estendei, servindo, a fé singela e boa Que alenta o coração por bálsamo bendito.
No escuro e vasto chão, há seixos de granito Da impiedade revel que ensombra e amaldiçoa, Mas se guardais convosco a paz que ama e perdoa, Acendereis na Terra a glória do Infinito.
Ao clarão do Evangelho, ensinais a verdade! Nosso campo de ação é toda a humanidade Que, ante o altar da ilusão, vencida, se prosterna!
Ide e ajudai, amando, entre angústias e assombros! Sob o arado da cruz, sustentado nos ombros, Atingireis, cantando, o sol da vida eterna. |
Reformador — Agosto de 1952.
Segundo consta do original, o soneto foi recebido em sessão pública na noite de 21/04/1952, em Pedro Leopoldo, Minas Gerais. Não há referência de local.