Século XX… A Terra é nau sob tormenta. Toda a estrutura estala ao mar que se encapela. A sombra espessa agrava o rigor da procela, Salta o vento a rugir na fúria que o sustenta. Templos, legendas, leis da equipagem atenta Tremem, conquanto à luz de lâmpada singela O equilíbrio persiste, apoio e sentinela, Contra o caos que domina em cólera violenta. Gritos, altercações, sofrimento, cansaço, Relâmpagos varando a imensidão do espaço São súplicas da fé na voragem sombria. Mas no bojo do abismo um clarão resplendora, Destacam-se, da noite, os acenos da aurora: É o Cristo, em sol de amor que acende o novo dia! |